quarta-feira, 5 de maio de 2010

livre


Gabrielle Chanel
século XIX

segunda-feira, 26 de abril de 2010

delizia!


amici, felicità... e troppo, ma troppo, cioccolato!
[foto: Sergio, Laura, io e Max]

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Sobre amores incomuns

O comum é amar a professora, o pai da amiga, a menina que te fez chorar, o melhor amigo. Aquilo que não é certo, aquilo que não vai dar certo. O comum é rimar amor com dor. É chorar antes de dormir. É nem dormir.

Amor incomum é amar e ser amado. É o beijo apaixonado na novela, é poesia, é lua cheia, é banho de mar, é luz, é vida, é o coração no caderno, é o céu estrelado... Amor incomum traz paz. E essa paz é aquilo que parece que nunca terei de verdade.

Eu tinha essa paz há alguns dias. Ela se foi, mas o amor restou: só me sobra mais do mesmo.

Quando se ouve música

Não esperava muita coisa daquela tarde cinza, naquele domingo de inverno. Vestia um casaco vermelho por cima do pijama grosso e ia me arrastando pela casa com as pantufas de minha mãe. Quando a campainha tocou, eu já sabia quem era e corri para abrir a porta. Dei um beijo morno em sua boca, com gosto de café, e perguntei que filmes ele havia trazido. Antes que me deixasse ver os DVDs da sacola, tirou um embrulho roxo e me deu. Desfiz o pacote com cuidado, não queria rasgar o papel, afinal eu colecionava tudo o que ele me dava.
Uma pequena caixinha em minha mão, da mesma cor do pacote. Abri. A luz iluminou a sala, ouvi uma melodia suave. Dentro da caixinha, uma bailarina rodopiava no mesmo tom, como se nada mais importasse. Sem que a música parasse, eu ainda estava encantava quando ele me disse: ‘nós vamos nos casar’. Soou assim, como uma ordem, e a tarde adquiriu uma luz que antes não existia.
O mundo ainda poderia ser feliz e brilhante... mas então veio a noite, a sombra, o frio e a solidão.
Hoje, eu continuo andando de pijama grosso, casaco vermelho e pantufas de minha mãe. Mas em todas as tardes cinza de minha vida, nos domingos do inverno, a luz ilumina a sala, ouço a melodia suave e, junto com a bailarina, rodopio no mesmo tom. Sem que a música pare e como se não nada mais importasse.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Família

- Legal essa camisa, combina com o azul dos olhos dele.
- Ah... essa aqui ele não usa mais faz tempo, nem entra mais... Ele agora gosta só dessas com gola assim, olha
- Uhum. São bonitas também.


Sabe, já faz tempo - bastante tempo - que fui embora. Não vi as camisas fugirem do corpo, nem a namorada chegar. Não ouvi a música alta que incomodou os vizinhos e não comi o chocolate que tu diz ser o melhor. Não estive aí pra ver teu salto na piscina, nem pra bater palma quando te entregaram a medalha dourada. Fiquei sabendo que começou a trabalhar, mas não pude te ver chegando em casa cansado do trabalho e mesmo assim indo jogar futebol.

Mas todos esses dias, de todos esses anos, o que mais doeu foi não estar aí pra te dar um beijo. Um beijo todos os dias, de todos esses anos, e dizer o quanto te amo.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Me desculpa por prometer um mundo que não consigo te dar.



você saberia explicar por que ama alguém?