domingo, 28 de setembro de 2008

tum tum, tum tum, tum tum


Não, não é meu coração. É minha cabeça explodindo. Não tenho certeza do motivo. Estava 25 graus na rua e eu saí com 3 casacos e manta - passei frio. Talvez eu esteja doente, é bem provável. Ou talvez eu seja doente.


Ah, que dor. Dói cabeça, corpo, memória e sonho. Acho que a lembrança é a pior. Só quero dormir um pouco mais.


As coisas que eu disse ontem não valiam só até a meia-noite. Vá embora, embora, embora

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Sobre escrever e sentir


Escrever pode ser um hábito, uma obrigação, um prazer... enfim: pode muitas coisas, talvez todas elas juntas, depende o momento. Falo aqui da escrita que não nos é imposta, como estas palavras aqui soltas - por exemplo.
O fato é que nem sempre escrevemos bem (ou mal), e isso é determinado por um conjunto de elementos. Ok, é só uma teoria, mas dificilmente mudarei de idéia.
Já dizia minha vó que o amor é cego. Mas digo mais: os sentimentos nos cegam. Não só o amor, mas a alegria, a paixão e até mesmo a tristeza podem nos fazer fechar os olhos. Tomemos a alegria como exemplo: uma pessoa feliz vê o lado bom de quase todas as coisas e consegue ignorar detalhes irritantes de tudo. É muito provável que seja justamente por isso que ela é feliz, tudo bem.
Mas eu sou uma pessoa estranha e hoje cheguei à brilhante conclusão de que eu não nasci para a felicidade. E acredito até ser uma coisa boa: adoro esse estado de permanente indiferença, quase melancolia, que me consome desde sempre. É por ele que sou quem sou - provavelmente uma pessoa chata. Mas não é culpa minha nunca estar tão feliz que consiga ignorar das pessoas com tiques irritantes àquelas que dormem nas ruas. Na verdade, passo alguns dias felizes, sim. Mas eles logo acabam, daí volto a postar.
Hoje, lendo no ônibus, deparei-me com a frase:
"Não é uma questão de energia, disse a mim mesma quando a deixei: eu não
poderei
viver sem escrever"
(A Mulher Desiludida - Simone de
Beauvoir)

Excelente autora e título feito para a minha pessoa, só pode.


Continuem sentindo! Deixem o mundo em cinza para mim, nunca me acostumei com as cores.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Borboletas


...no meu estômago. Sempre vejo, sinto, lembro, penso, sonho.


E elas não param de voar. AH!!!

domingo, 21 de setembro de 2008

Sobre os fins e reviver

Há alguns dias uma máquina aceleradora de partículas foi ligada, em uma tentativa de recriar o fenômeno do Big Bang. Muitas foram as críticas e até casos de suicídio foram registrados devido ao temor. Enquanto falávamos sobre isso em uma aula e todos diziam o que pensavam, lembrei novamente de algo: criticar é muito fácil. Dentre alguns rabiscos em meus caderno, lê-se: medo do novo x desejo do passado. Hoje, ao reencontrar a tal folha de caderno, pensei mais um pouco sobre isso.
A questão central não é o experimento - realmente, o mundo poderia ter acabado. Seria culpa de cientistas? Mas e nós que não somos cientistas? Não arriscaríamos para reviver certos momentos? Voltar uma única vez àquele show maravilhoso, àquela medalha de ouro na sexta série, àquele dia em que ele pegou nossa mão no cinema,...
Há horas em que eu construiria qualquer máquina, de qualquer tamanho, assumindo qualquer conseqüência, só para voltar àquele dia - e não faria nada diferente. Talvez reparasse mais nos olhos, nos gestos. Só para ter certeza se as palavras eram sinceras, já que delas eu lembro bem (ah, por que dou tanto valor às palavras?).
Enquanto não temos máquinas, não temos opções: sorrir, amar, viver... como sendo a última vez.
E - caso um dia inventem a máquina que eu tanto desejo - ai de quem falar que será o fim do mundo. O fim do mundo é deixar de sorrir.
medo do novo x desejo do passado...
...mas, Ângela, você não pode querer o que passou.

domingo, 14 de setembro de 2008

Sobre festas

Não gosto de festas, como já mencionei em outro post: sou fresca, sim, odeio gente se encostando.
Uma coisa é eu tocar em meus amigos e conhecidos, é inevitável. O problema são aglomerações como ônibus e a maioria dessas festinhas.

No fim de semana (sou paleozóica: é FIM DE SEMANA, e não 'findi' ou qualquer miguxice do gênero) me despi de todo meu preconceito en resolvi ir numa festa de faculdade. E quando digo resolvi ir é eu QUIS ir, não fui obrigada nem nada do gênero e achei que realmente poderia me divertir.

Chegando lá, achei alguns amigos e aí sim vi que a festa seria boa. Mas talvez eu esteja vivendo há tempo demais em meu mundo particular ou eu seja chata mesmo. Não conhecia nenhuma música, ritmos péssimos, letras simplórias. Então alguém pode me dizer "faz melhor", mas - me desculpem - acho que até eu consigo fazer algo melhor. Porque não, não quero que 'latam' enquanto eu passo, obrigada.

Ok, eu sou a rainha de ter crises em festas.

Mas estava tudo bem até algum alienado vir questionar o que eu acredito, vir discutir sem argumentos. "Lugar de mulher é na cozinha"? Então o lugar da minha mão é batendo na tua cara. (não, eu não agredi ninguém)

Qual o sentido de ir numa festa? Beber até morrer? 'Pegar' mais gente que todo mundo?
Infelizmente é o que me pareceu. Futilidade, futilidade, futilidade... aaaaaaaah, não aguento! Um exército de iguais, cabelos iguais, roupas iguais, perfumes iguais, pensamentos iguais.

Em um momento de profunda raiva (o que eu bebi pra despertar isso?), criei os P's. Festa palha - música podre - homens porcos - mulheres promíscuas. É claaaaaaaaaaaaaaro que eu não acho que tudo é assim, não posso generalizar. Mas não consegui encontrar nenhum exemplar diferente nesse sábado.

Qual o objetivo de passar horas se arrumando? Causar inveja nas outras ou passarem mais a mão em ti? Não encostem em mim, se houver próxima nem banho eu tomo e prendo o cabelo. Sério.

Saldo da noite: dar muitos empurrões, uma discussão, uma amizade em crise, vários 'nunca mais vou sair contigo', muita raiva e a decepção. Ah, mundo... por que faz isso comigo?

sábado, 13 de setembro de 2008

"Já nao sei se restou algo no ar...

já não sei se há algo mais a perder...."



Tchau.

Sempre fui eu que usei essa palavra, dizendo que não ia mais voltar.
Andávamos felizes pelo parque, eu olhava para o céu e dizia "não dá mais".
Sempre fui a primeira a dar as costas, sem nem olhar para trás, sem sentir falta das mãos dadas. Eu nunca gostei de mãos dadas, de gente se encostando: tu dizia que isso é frescura, mas sei lá.

E, às vezes, ao seguir caminhando pelo parque, eu enjoava de tanta gente que não significava nada, ou entrava em um trecho mais escuro e ficava com medo... então eu dava meia volta e retrocedia e tu sempre vinha devagar na minha direção. Acho que tu sempre soube que eu voltaria. Ah, quantas vezes voltei! Mas o que eu nunca deixarei de admirar são teus passos lentos, mas firmes. O modo com pega minha mão e me aceita, figindo que não fui eu que voltei - mas tu que me seguiu: sempre soube que sou orgulhosa.

Tu disse uma vez que me conhece melhor que eu própria e fiquei indignada, mas acho que estava certo. Isso porque tu sabia o que eu faria, saiae que um dia eu daria as costas... sabia até de coisas que nem eu lembro, coisas da minha infância.

Já faz tempo que enjoei das pessoas e resolvi voltar, mas a mão estava ocupada. Não tive escolha a não ser acenar de longe - como se tudo fosse um engano - e seguir o meu caminho no parque, mas agora as árvores estão me dando medo e o sol não bate mais aqui. Tudo o que encontro são algumas mãos frias que dão alguns passos e depois desaparecem, acho que são fantasmas.

Te desejo um caminho florido, com cachorros correndo para que vocês possam se abaixar e fazer carinho (lembra?). Talvez daqui muitos anos nossos caminhos se cruzem e possamos apenas dizer "Oi", com um sorriso sincero. Ou um "Penso em nós todos os dias". Seria mais sincero ainda.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

9.9

Perdi o ônibus. E agora? Faltava meia hora para o meu compromisso, eu já havia calculado: 15 minutos no ônibus e mais 15 pra achar o lugar (parte péssima de mudar de cidade). E lá vou eu, atravessando a rua para chegar à parada e qual o ônibus que está saindo? É claro, o meu. E agora? Entre táxi e sair correndo até conseguir outro ônibus em uma nova parada, estranhamente fiquei com a segunda opção.
Parei onde tinha que parar, só não sabia o que fazer. Depois de três fontes diferentes de informação - cada uma indicando uma direção - resolvi entrar em uma espécie de desespero. Batia um vento de tempo em tempo, me deixando com frio; as pombas não paravam de voar, o que me apavorava; e o tempo, meu inimigo, pasava rápido, sem piedade. Eis que aconteceu. Ele percebeu minha situação e não me disse o que fazer, não me explicou para onde ir. Ele fez uma coisa inesperada e gentil: me levou até a porta, esperando que eu entrasse. Disse que imaginava como eu me sentia em um lugar desconhecido e que deve ser difícil.
É, é bem difícil às vezes.
Mas tudo melhora quando temos mais motivos para acreditar nas pessoas.
Obrigada, dia!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Lugar de mulher não é no fogão, é na Revolução!
Admito que não costumo ver televisão, vez ou outra a deixo ligada, só pra escutar algum barulho. Mas prefiro ouvir música mesmo. Hoje, cheguei em casa e fiquei terrivelmente dividida (haha) entre estudar estatística e ver tv. Não sei o porquê, mas a televsão venceu! Enfim: liguei na MTV e estava passando um programa - todos os VJs do mundo, ou algo assim. E eis que o tema do programa era bandas femininas! Adorei! Várias bandas boas sendo divulgadas - óbvio que faltaram muitas ainda... e que Cansei de Ser Sexy ninguém mais aguenta.

De qualquer forma, foi uma surpresa. Uma ótima surpresa!
Mas por que não é sempre assim? Por que não vemos muitas bandas compostas por mulheres na mídia? Honestamente, não sei!

domingo, 7 de setembro de 2008

sábado, 6 de setembro de 2008

Limpando os armários,

limpando a vida. Enfim, me desfazendo de coisas velhas e gastas, que não possuem mais nada em comum comigo.

Tem sempre aquela blusa que fica melhor na amiga do que em ti. :)