terça-feira, 9 de setembro de 2008

9.9

Perdi o ônibus. E agora? Faltava meia hora para o meu compromisso, eu já havia calculado: 15 minutos no ônibus e mais 15 pra achar o lugar (parte péssima de mudar de cidade). E lá vou eu, atravessando a rua para chegar à parada e qual o ônibus que está saindo? É claro, o meu. E agora? Entre táxi e sair correndo até conseguir outro ônibus em uma nova parada, estranhamente fiquei com a segunda opção.
Parei onde tinha que parar, só não sabia o que fazer. Depois de três fontes diferentes de informação - cada uma indicando uma direção - resolvi entrar em uma espécie de desespero. Batia um vento de tempo em tempo, me deixando com frio; as pombas não paravam de voar, o que me apavorava; e o tempo, meu inimigo, pasava rápido, sem piedade. Eis que aconteceu. Ele percebeu minha situação e não me disse o que fazer, não me explicou para onde ir. Ele fez uma coisa inesperada e gentil: me levou até a porta, esperando que eu entrasse. Disse que imaginava como eu me sentia em um lugar desconhecido e que deve ser difícil.
É, é bem difícil às vezes.
Mas tudo melhora quando temos mais motivos para acreditar nas pessoas.
Obrigada, dia!

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