sábado, 26 de abril de 2008

Shoppings

Antes de começar, preciso avisar aos possíveis leitores que esta é mais uma das teorias (furadas) que não acrescentam nada. Mas, recado dado, vou começar. Shoppings são lugares estranhos. Não sei, acho que existe algum tipo de sistema de ondas no ar que transforma absurdamente qualquer elemento que esteja exposto ele. Então, está tudo bem naquela tarde de sábado até ue tu pensa "por que não ir ao shopping?", bacana o passeio: troca o pijama por aquele jeans básico com regata e a pantufa por um All Star qualquer. Ao que tu chega no shopping, depara-se com tantas moças "bem vestidas", com seus escarpins novíssimos e blusas "do momento", que tu já pensa "Opa, pequena confusão, meu inconsciente me trouxe para uma boate!". Olha lá fora e vê o sol brilhando; para os lados, vitrines brilhando. Ah, tá, é aqui mesmo, como estou ultrapassada!


Corredores cheios de pessoas frenéticas, um exército de compradores; nas lojas, então, é uma guerra. Aliás. eu sempre comparo lojas grandes com a selva: as compradoras experientes eliminam as outras muito fácil! Correr, por na sacola, lutar pela última peça com unhas e dentes, arranjar uma vendedora - não é fácil. Prosseguindo: tu vê tudo isso e pensa como o mundo é um lugar mesquinho e as pessoas pensam pequeno. São só objetos/roupas! E agradece por ser diferente.


Eis que passam uns 10 minutos (ou algumas vitrines). A transformação já ocorreu, infelzmente, e nem deu pra notar! Comprar passa a ser a coisa mais importante do mundo, agora, estamos na selva também e queremos ser o caçador. A bolsa que antes seria apenas "bonita" agora aparece como "tudo que eu preciso na minha vida", o preço exorbitante cobrado por ela (antes: "que horror, que tipo de gente paga isso por um pedaço de tecido!?"/imensa divagação a respeito de como o Sistema é desumano) agora é "ai, meu coração dói! Eu acho que eu vou morrer, aliás, é melhor que eu morra mesmo..." e o vestido que não tem no teu tamanho (antes: "que pena, acontece") é "eu NUNCA MAIS vou ser feliz".


Freqüentadora típica de Shoppings Centers.


O que aconteceu? Não se sabe... Talvez Freud explique, mas esse blog não é dele, é meu. O modo como as pessoas mudam dentro de um shopping deveria ser estudado, o ar condicionado deles deve ter algum tipo de essência maluca, ondas invisíveis devem penetrar nos cérebros, algo assim.


Então, após horas insanas de luta, vamos, exaustos, para a casa, ainda com lágrimas nos olhos por não ter comprado aquela magnífica bota de lutador de boxe verde-limão que ficaria in-crí-vel com, e apenas com, aquela blusa de uma alça só amarela berrante que compramos no shopping mês passado e ainda não usamos. Cansados e endividados, voltamos para nossos lares, e resolvemos dar uma olhadinha nas compras. Aí temos lágrimas de verdade! POR QUE, meu Deus, compramos tudo isso?


Chega o momento áureo: pensamos sobre como o mundo é injusto, como existem diferenças sócio-econômicas horrendas, como colaboramos para isso tudo ser do jeito que é, como não temos vergonha na cara e não ajudamos ninguém, como até o cachorro parece triste, como as folhas caem melancólicas da árvore ali fora e como existem crianças na África passando fome. Então, decidimos, de uma vez por todas, parar com tudo isso e sermos pessoas melhores. Shopping, nunca mais! Até que chega o próximo sábado tedioso, claro.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Quero aprender também!

DECEPÇÃO. Palavra forte, né? Eu acho.
Mas, por um lado, o "medo" que ela dá é idiota. Porque o dia inteiro é composto de decepções. Aquele vestido lindo na vitrine (que não tem no teu tamanho), o risoto no lugar do arroz R.U. (e tu não come carne), descobrir que teu amigo usa a mesma camiseta por 3 dias no inverno (viu só, preservei teu nome!)... São coisas que parecem simples, mas não são. Porque, poxa, a gente merece o melhor! E daí vem o "não tão ruim" ou "podia ser pior". Óbvio que pode sempre ser pior... decepções têm níveis!

Vamos ao Orkut, grande ferramenta de informações (in)úteis da vida alheia:
DECEPÇÃO não mata,ENSINA VIVER (1.685.012 miembros)
Decepção Não MATA, Engorda! (24.533 miembros)
Se decepção mata tô morto! (20.657 miembros)
Decepção ñ mata,ensina a BEBER (8.142 miembros)

Bom... dá pra ter uma idéia de que todo mundo se decepciona na vida. :D (ou seria :/?)
E até aprenderam coisas com isso! Um dia, então, talvez eu aprenda algo, além de ficar inconformada!

Eu penso tanto quando ouço Nenê Altro cantando, na música Um Dia Comum:
"É só mais um dia comum, em que o céu desaba e estrelas de lata ferem nossas mãos. É só outra ambição a ser cultivada e depois destroçada. É só outra ilusão!". Pois é, a vida é feita de ilusões. Ilusões que são destruídas uma a uma, até que - um dia - alguma dá certo. E vem a pergunta: pra quê então? Porque não podemos deixar de sonhar, amigos.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Procurando

Eu tenho uma teoria. Aliás, eu tenho muitas teorias. Mas, então, é sobre procurar. A gente passa a vida toda procurando: um emprego, um namorado, uma casa, uma razão pra existir. E essa tal razão pra existir? Eu acho que dá pra encontrar em vários lugares: na religião, nos esportes, numa paixão, num copo, num corpo, nas drogas... E foi numa dessas minhas conversas (filósofa de buteco até o fim!) que eu descobri: é a maneira de cada um achar a Verdade da Vida.
A Verdade da Vida é a melhor coisa que deve existir. É a luz, o ar. Chegar perto dela é uma sensação inexplicável: só quem já deixou escapar por entre os dedos as nuvens da Verdade sabe. Os problemas? Continuam. Mas tudo parece pequeno, sem importância (não, não vou partir para aquelas conversas sobre a nossa insignificância perante o Universo - aliás, quem é que gosta de ser lembrado que é insignificante?). Acho que é um espécie de transe: uma realidade paralela que as palavras falham ao tentar descrever. Mas um dia eu chego lá!

(Eu quero é mais!)

Créditos para o Gil, eu provavelmente nunca teria pensado nisso sozinha. Gracias!

terça-feira, 15 de abril de 2008

Absurdo!

'A compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade de caráter. Pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem '. Arthur Schopenhauer

Assim como quem me enviou um email hoje pela manhã, fiquei abismada em saber que empresas como a L'Oreal e a Johnson & Johnson, por exemplo, testam seus produtos em animais. Não é possível que em pleno ano de 2008, com massivas campanhas "preserve o meio ambiente", nós ainda permitamos tamanha babárie! E antes que alguém venha com desculpas: existem outras formas de teste tão eficientes quanto as utilizadas, como é o caso de técnicas in vitro e testes com colônias de bactérias.

Não são só as árvores, o ar e a água... os animais pedem socorro! A começar pelo cachorro que vemos abandonado na rua: por que não ligar para uma associação protetora vir buscá-lo? Ou, se possível, por que não adotá-lo?
São medidas simples e mínimas diante do tamanho do problema... mas, assim como tudo na vida, a mudança começa por cada um de nós.

Finalizando: http://www.pea.org.br/protesto/peles.htm.


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Bom, de alguma forma o blog ia ter início.
Começou com o que me faz bem, ou pelo menos eu acho que faz.