domingo, 22 de junho de 2008

Coisas que aprendi a respeito da vida - parte 1

Começa aqui uma série de postagens (eu acho) que eu farei por tempo indeterminado e nos momentos que me der vontade ou certeza do que estou falando.

Eu tenho pouca idade. Muito pouca eu diria, se considerarmos tudo que posso ter pela frente. Mas é relativo, também, pois sou velha se considerarmos a criança que anda de balanço ali fora, que ainda não sabe nem ler o que aqui escrevo. Embora ela não saiba ler, acredito que ela poderia compreender se eu disesse e talvez levar algumas coisas para a sua vida, se ela achasse importante, claro. Aliás, uma das coisas que aprendi na vida é que toda e qualquer pessoa sempre terá algo para nos dizer e acrescentar: a senhora que ajudamos a carregar as compras, a adolescente que engravidou, a mulher que poderia ser nossa mãe, mas é uma viciada em cocaína, que conhecemos no banheiro da festa... Mas, enfim, o veredícto: as pessoas mais interessantes são aquelas que já sofreram muito.

É injusto, me parece injusto! Pessoas que já passaram por tudo, que perderam muita coisa: a família, o noivo, a dignidade, os filhos... mas não perdem nunca o caráter, a simplicidade que sempre vai me encantar, o modo bonito que têm de encarar a vida e os problemas, afinal, por problemas elas já passaram e viram que existe muito além disso.

Diz a sorte do Orkut: "Simplicidade de carater é o resultado de uma reflexão profunda". Então por que não basta refletir na vida real? Por que a gente tem que sofrer pra aprender de verdade? Por quê? Por quê? Por quê?

Se ouvir nos bastasse, lançaria aqui um conselho: ouçam os conselhos que são dados. Mas eu sei que é difícil... eu só vou saber que a tomada dá choque quando eu colocar meu dedo lá, certo? Ou não, se eu refletisse, como manda o sábio Orkut. Mas pensar é um assunto sério, implica um esforço que a cada dia estamos menos dispostos a fazer...

Mas o certo é que um dia - ah, um dia! - aprenderemos. Não cabe a mim julgar se cedo ou tarde, mas eis que numa noite fria (ou numa manhã de sol, ou numa tarde cinzenta...) colocaremos o dedo na tomada. E, então, seremos pessoas melhores.

(Obrigada, Fabi. Por tudo, por ser quem tu é, saber quem eu sou e - mesmo assim -estar sempre ao meu lado.)


Um comentário:

Fabi disse...

velha, que linda :~
sabe, vira e mexe a gente tem uns papos cabeças...mas dificilmente eles tratam de assuntos como esse, tipo o modo como cada uma vê e interpreta as coisas e sabe? é afude falar sobre isso e, ao mesmo tempo, desnecessário
porque nos conhecemos e, de algum modo muito mais complexo do que a comunicação verbal, sabemos que a nossa visão sobre muitas coisas é a mesma, mesmo tendo reações completamente diferentes diante dessas "muitas coisas", eu dei um nome pra isso: essência. a nossa amizade tem essência, angi e, mais do que isso, em sintonia.
e eu reforço...uma coisa é certa: a gente aprende. por bem ou por mal, e nem sempre a gente pode escolher, mas saiba que eu to sempre contigo mesmo - e principalmente - quando tudo desabar
agradeço sempre por ter um problema a menos na minha vida: eu tenho amigas de verdade! e obrigada mesmo por ser motivo pra eu poder falar isso