segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Aqueles dias


Eu e ele não temos uma relação bem resolvida. Quando mais nova, amava quando ele vinha me ver: só ia brincar pelas ruas quando ele estava junto. Cresci um pouco e - talvez a raiva adolescente - tenha me feito odiá-lo. Ele não colaborava... ia a todos os lugares, não me deixava. E eu fugia, me escondia através dos óculos escuros e roupas estranhas, talvez isso o espantasse. Mas não. Incansável, ele me perseguia pelas ruas e até invadia minha casa pela janela: um inferno. Será que ele não percebia que eu o queria bem longe? Minha mãe, como toda mãe, dizia que ele era uma graça, que eu deveria dar uma chance. Muitas vezes até tentei sair com ele, ver o que poderia ganhar com isso. Mas ele pode ser traiçoeiro. Por vezes me queimou, me machucou, me fez ficar dias sem sair de casa - de dor, de vergonha. Hoje em dia, não posso dizer que somos melhores amigos, mas também não somos inimigos. Talvez seja paixão: quando fica muito tempo sem aparecer, sinto um aperto no peito de saudade. Também não quero que ele me sufoque.

Mas uma coisa nunca muda, e nas últimas semanas ele tem feito certinho: Sol, meu bem, adoro acordar e te ver pela janela iluminando meu dia, dizendo que tudo vai dar certo. Ah, aqueles dias magníficos em que o Sol sorri pra gente logo ao acordar...

3 comentários:

J! disse...

vem, verão vem (H)

Rafael Gloria disse...

here comes the sun
and i say
it's all right
xD

Fernanda disse...

hoje ele voltou!
torçamos para que amanhã venha também...

=]