já não sei se há algo mais a perder...."
Tchau.
Sempre fui eu que usei essa palavra, dizendo que não ia mais voltar.
Andávamos felizes pelo parque, eu olhava para o céu e dizia "não dá mais".
Sempre fui a primeira a dar as costas, sem nem olhar para trás, sem sentir falta das mãos dadas. Eu nunca gostei de mãos dadas, de gente se encostando: tu dizia que isso é frescura, mas sei lá.
E, às vezes, ao seguir caminhando pelo parque, eu enjoava de tanta gente que não significava nada, ou entrava em um trecho mais escuro e ficava com medo... então eu dava meia volta e retrocedia e tu sempre vinha devagar na minha direção. Acho que tu sempre soube que eu voltaria. Ah, quantas vezes voltei! Mas o que eu nunca deixarei de admirar são teus passos lentos, mas firmes. O modo com pega minha mão e me aceita, figindo que não fui eu que voltei - mas tu que me seguiu: sempre soube que sou orgulhosa.
Tu disse uma vez que me conhece melhor que eu própria e fiquei indignada, mas acho que estava certo. Isso porque tu sabia o que eu faria, saiae que um dia eu daria as costas... sabia até de coisas que nem eu lembro, coisas da minha infância.
Já faz tempo que enjoei das pessoas e resolvi voltar, mas a mão estava ocupada. Não tive escolha a não ser acenar de longe - como se tudo fosse um engano - e seguir o meu caminho no parque, mas agora as árvores estão me dando medo e o sol não bate mais aqui. Tudo o que encontro são algumas mãos frias que dão alguns passos e depois desaparecem, acho que são fantasmas.
Te desejo um caminho florido, com cachorros correndo para que vocês possam se abaixar e fazer carinho (lembra?). Talvez daqui muitos anos nossos caminhos se cruzem e possamos apenas dizer "Oi", com um sorriso sincero. Ou um "Penso em nós todos os dias". Seria mais sincero ainda.
Tchau.
Sempre fui eu que usei essa palavra, dizendo que não ia mais voltar.
Andávamos felizes pelo parque, eu olhava para o céu e dizia "não dá mais".
Sempre fui a primeira a dar as costas, sem nem olhar para trás, sem sentir falta das mãos dadas. Eu nunca gostei de mãos dadas, de gente se encostando: tu dizia que isso é frescura, mas sei lá.
E, às vezes, ao seguir caminhando pelo parque, eu enjoava de tanta gente que não significava nada, ou entrava em um trecho mais escuro e ficava com medo... então eu dava meia volta e retrocedia e tu sempre vinha devagar na minha direção. Acho que tu sempre soube que eu voltaria. Ah, quantas vezes voltei! Mas o que eu nunca deixarei de admirar são teus passos lentos, mas firmes. O modo com pega minha mão e me aceita, figindo que não fui eu que voltei - mas tu que me seguiu: sempre soube que sou orgulhosa.
Tu disse uma vez que me conhece melhor que eu própria e fiquei indignada, mas acho que estava certo. Isso porque tu sabia o que eu faria, saiae que um dia eu daria as costas... sabia até de coisas que nem eu lembro, coisas da minha infância.
Já faz tempo que enjoei das pessoas e resolvi voltar, mas a mão estava ocupada. Não tive escolha a não ser acenar de longe - como se tudo fosse um engano - e seguir o meu caminho no parque, mas agora as árvores estão me dando medo e o sol não bate mais aqui. Tudo o que encontro são algumas mãos frias que dão alguns passos e depois desaparecem, acho que são fantasmas.
Te desejo um caminho florido, com cachorros correndo para que vocês possam se abaixar e fazer carinho (lembra?). Talvez daqui muitos anos nossos caminhos se cruzem e possamos apenas dizer "Oi", com um sorriso sincero. Ou um "Penso em nós todos os dias". Seria mais sincero ainda.
Um comentário:
muito lindo teu texto angie,tu escreve tri bem :D
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